A Guerra Fria

Duas potências mundiais se observando a distância. Aniquilando seus inimigos mais próximos e esperando para a grande batalha. Um cenário totalmente bipolar, aonde ambas as partes contam com um arsenal extremamente mortal. Do mais nerd até o mais leigo em história pensaram na Guerra Fria, aquela mesmo que estudamos no colégio em que os protagonistas eram EUA e URSS. Mas as potências mundiais em questão aqui são Real Madrid e Barcelona. Se já há algum tempo a liga espanhola era tomada pelos Merengues e pelo Barça, esse ano o domínio é ainda maior. Por enquanto foram 5 jogos e nada diferente de 5 vitórias para cada um. Além disso, os times também são equivalentes no número de gols marcados, dezesseis. Mais do que três por jogo, reafirmando a bipolaridade do campeonato. A unica diferença é que o Real Madrid tomou dois gols, os da estréia, enquanto o Barça tomou três, só unzinho a mais. E o Real ainda meteu mais cinco contra o fraco Zurique na estréia da Champions League, enquanto o Barça só empatou com a Inter, o que não chega a ser um resultado ruim, uma vez que o time italiano jogou retrancado e em casa.


Pois bem, vamos analisar as armas de cada uma das partes dessa Guerra Fria. O Barcelona acaba de sair da maior temporada de sua história e tem, na opinião de muitos, o time mais competitivo de sua história. O que dizer de um time que possui, do meio campo para a frente, jogadores como Xavi, Iniesta, Messi e Ibrahimovic? Alguém aí imagina uma seleção do mundo sem qualquer um dos quatro? Mas o grande feito do Barça e do seu técnico Pep Guardiola é ser ofensivo sem se expor. Temos muitos times no mundo com ataques mortíferos e temos muitos times no mundo com defesas solidas. Mas o único time que combina ambas as fórmulas com realeza é o azul grená catalão. Mas e o Real Madrid? Eu poderia somente citar Kaká e Cristiano Ronaldo. Só é preciso um deles estar bem para que o time decida um jogo. Se ambos estão nos seus dias então, não tem nem graça. E se a zaga do time blanco não é tão certinha quanto a do Barça, a resposta está no banco de reservas. Sai Lass Diarra, entra Mamadou Diarra. Sai Xabi Alonso, entra Gago. Sai Kaká, entra Guti. Sai Cristiano Ronaldo, entra Granero. Sai Raúl, entra Higuaín. Sai Benzema, entra Van Nilsterooy. Já no Barça as opções se limitam a Bojan, Keita e Busquets, que são muito inferiores aos coadjuvantes do time da capital. Por outro lado, o Barcelona tem muito mais conjunto do que o Real, que vem ganhando mais na individualidade de seus craques. No entanto, Casillas é infinitamente melhor do que Victor Valdés.


Mas e aí? Análises feitas, alguém se arrisca a dizer quem é o favorito? Eu vou ficar em cima do muro, ou melhor, dentro da trincheira. Esperando essa guerra, por enquanto indireta, esquentar. E o início do conflito já tem data definida. Dia 29 de novembro, no Camp Nou, base Catalã. Enquanto isso é esperar e continuar acompanhando as duas potências se estudarem e aperfeiçoarem sua artilharia .Mas uma coisa é certa. Aconteça o que acontecer, essa batalha já tem vencedores garantidos: nós, amantes do futebol.