As Intevençôes Divinas Rumo Ao Hexa (Caiu a Ficha!)

Primeiramente, por que só hoje um texto sobre o Hexa? O título esperadíssimo teve repercussão instantânea e até anterior ao título de fato, seja em jornais impressos ou televisivos do mundo todo ou na esbórnia geral instalada nas ruas do Rio de Janeiro. Mas por que então só agora um pronunciamento do POP COOL TOUR sobre o feito? Simples. A ficha só caiu agora. Quem vos escreve aqui ainda não estava entendendo que o Flamengo foi Campeão Brasileiro. Não foi um simples carioca em que a gente vai ali no clipper e no BG rapidinho e volta. As comemorações continuam até hoje, estampadas no meio das ruas com camisas e bandeiras ou viralmente na internet. Portanto, agora, com perfeita ciência que sou hexa e que vou comemorar até o hepta (que demore menos que 17 anos por favor) vamos ao texto.


O Flamengo ganhou o brasileirão na bola. Não teve entrega, não teve arbitragem, não teve regulamento. Teve Andrade botando o time para jogar como Flamengo, teve Adriano artilheiro da competição, teve Pet jogando mais que todo mundo quando realmente importou. Teve a melhor defesa da competição com a junção de nomes discretos e combativos como Álvaro, Angelim, Aírton, Toró, Maldonado e Williams. Mas além disso tudo, que talvez já fosse suficiente, ainda contamos com uma ajudinha do Todo Poderoso. Não foi nada muito nítido, mas como Deus escreve certo por linhas tortas, basta observar com atenção para observarmos que o desejo dos céus foi realizado quando o rubro-negro botou a mão na taça. Para começar, o misticismo tem início com Andrade. O camisa 6 rubro-negro dos anos 80, que fez o 6o gol contra o Botafogo na revanche histórica ganhou seu 6o título brasileiro, justamente o 6o título do Flamengo e mais justamente ainda no dia 6 de Dezembro, é mole? E os fãs que profetizaram, no inicio do ano, quando Ronaldo Fenômeno estava treinando na Gávea, que Ronaldo faria o gol do hexa do Flamengo? E não é que eles acertaram, apesar de ser um Ronaldo tão mais magro quanto humilde? E a contusão de Kléberson? Pobre penta, mas a verdade é que com sua ausência Williams se firmou como 3o homem de meio-campo do Flamengo, proporcionando a Pet a liberdade necessária para jogar. Se Kléberson estivesse em condições de jogo, dificilmente Andrade o barraria e o esquema certamente ficaria sobrecarregado.


E quanto a contusão de Maldonado? Aposto que ninguém falou que ela foi benéfica ao Flamengo. Tudo bem que a entrada do chileno no time foi essencial para baixar a poeira. No entanto, Toró foi essencial na reta final em jogos que pediam mais dinamismo e velocidade na marcação, como contra Grêmio e Goiás. Podem ter certeza que se não fosse pelo Torozinho o Mengão tinha perdido essas partidas. Mas foi só nisso que a Mão Divina deu um empurrãozinho? Quem acha que sim, se engana. Muitas pessoas não entendem até hoje porque o Flamengo não venceu o Goiás no Maracanã lotado. Mas imaginem, se tivessemos vencido aquela partida, teríamos sidos campeões em Campinas ao invés de no Rio de Janeiro na última rodada. Ia ter a mesma graça?


E chegamos, enfim, à última e mais importante Intervenção Sagrada em nossa tão célebre epopéia. Petkovic ia ser substituido antes de bater o escanteio que culminou no gol de Angelim, o gol do título. No entanto, David percebeu que Aírton estava com suspeita de cãimbras e pediu para Andrade segurar a substituição. Segundos depois, o gringo cobrou o córner e o resto da história vocês já sabem...Portanto, quando se trata de futebol, não acho muito legal ficar rezando por vitória, porque bem ou mal, todos os times que brigam com honestidade, são merecedores. No entanto, com intervencões tão nítidas como essas, não resta a dúvida de que Deus é brasileiro. E rubro-negro. Obrigado, Pai.