segunda-feira, 23 de novembro de 2009

All These Things That They've Done




Foi um sacrifício. Noites mal dormidas, dinheiro desembolsado, viagem para outra Cidade. No caminho do show, trânsito. Dificuldade de acesso e muita, muita lama. Mas bastaram os primeiros acordes de “Human” serem entoados para fazer tudo valer a pena. A banda entrou em palco com apenas 15 minutos de atraso, o que para bandas de rock é uma pontualidade britânica. Pontualidade essa que combina com Brandon Flowers e seu estilo gentleman em roupas feitas sob medida. Com todo respeito ao resto da banda, que faz bonito, mas o franzino vocalista é o dono dos holofotes combinando alcance vocal assombroso com performances teatrais dignas de um showman messiânico aprendiz de Bono Vox.


O repertório é impecável, não falta um hit sequer. Passeando por seus três CDs, a banda chegou ao ponto alto do show em uma sequëncia que começa com a belíssima “Dustland Fairytale”, aonde fomos levados a um romance Western americano dos anos 60, parte pela letra da música, altamente descritiva, e parte pelas hipnotizantes imagens do telão. Muitos já se debulhavam em lágrimas e o quarteto californiano ainda emendou “Read my Mind” e “Mr Brightside”. E eis que em um tom apoteótico, Brandon Flowers dá início a um dos maiores momentos do Rock atual. Trata-se do hino “All These Things That I’ve Done”. Lá pro meio da música, Brandon sobe em uma das caixas de som e como um cavaleiro medieval mira seu microfone para a multidão que canta aos berros o coro “I’ve Got Soul But I’m Not a Soldier” que é seguido de uma explosão de confetes. É uma das coisas mais impressionantes que se tem para ver nesse mundo.



Podia parar por aí, mas não satisfeita a banda volta para o Bis e termina com uma performance histórica de “When You Were Young” com direito a guitarrista subindo no piano e cascata de fogos de artifício. Não dá para ser mais Rock n Roll do que isso.



E realmente, não são muitas bandas capazes de fazer o que os Killers fizeram no último Sábado em São Paulo. Foram 12 mil pessoas, de todos os Estados, que mesmo debaixo de muita chuva, não arredaram o pé. Quais bandas são capazes de tal feito antes mesmo do 4º cd? Eu respondo. Nenhuma! Portanto, o The Killers está caminhando a passos fortes para o status que sempre almejou: o de melhor banda do mundo em atividade. Sorte de quem viu.

2 comentários:

  1. ok, fiquei arrepiada ao ler a descrição, o "acontecimento" de cada musica. me imaginei lá, com certeza ia chorar muito... queria tanto ter ido!!!

    quem diria que "some random rock band" que eu conheci quando morei nos EUA no segundo semestre de 2004 (no auge de somebody told me nos EUA), que conheci fuçando nos ipods e CD cases dos carros dos meus amigos de lá, e copiando todos os CDs deles pra mim - mesma forma que conheci várias outras bandas lá (muitas delas até hoje não sei de ninguém que conheça, outras nem existem mais) - quem diriiia que killers virariam o que viraram hoje! confesso que concordo com vc em relação a "mundialidade" deles hoje em dia, e fico mt mt feliz com o alcance deles. pq por mais que seja super legal gostar de bandas mais reservadas, desconhecidas e menos populares, o enorme reconhecimento que eles têm agora geralmente significa (p/ bandas que tem capacidade de longa duração) mais musicas e mais shows, então isso acaba sendo mt bom p/ nós fãs! por isso fico mt feliz! :)

    agora, ingresso comprado, looongos 3 meses de espera até o coldplay...

    (ps: sou eu, Drica. não sei colocar meu nome aqui hahaha)

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  2. "muitos se debulhavam em lágrimas" = eu e você! haha
    show memorável. podem falar o q quiserem,pra mim o killers se não é a melhor banda do mundo,é uma das melhores.
    comentar no próprio blog pode? arrasou,naldeco.

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